Depois de a Petrobras assinar 26 contratos de concessão na Bacia de Pelotas, e de a Chevron ter confirmado a intenção de trabalhar nos 15 que lhe couberam, a estatal informou nesta segunda-feira (14) ter firmado compromisso com os três que faltavam.
Com isso, fica confirmado o cenário de investimento de R$ 1,56 bilhão em exploração de petróleo entre a costa gaúcha e o litoral sul de Santa Catarina. Nesses três blocos que fecham os 44 arrematados em dezembro passado, a Petrobras vai operar, com participação de 50% em parceria com Shell (30%) e a chinesa CNOOC (20%).
Conforme a Petrobras detalhou à coluna, a bacia que inclui o litoral do Estado é uma "fronteira exploratória", ainda pouco conhecida. Por isso, esclareceu que fará "aquisição de dados" e outros estudos antes de definir a estratégia. Dos 44 arrematados em dezembro, nove são no litoral sul de Santa Catarina e os outros 35 na costa do Rio Grande do Sul.
A expectativa é de que o trabalho de exploração tenha largada em janeiro de 2025. Na verdade, será uma estreia dos estudos depois da definição de quem tem direito de procurar petróleo na costa gaúcha, mas há levantamentos anteriores feitos por empresas especializadas nessa área e de universidades, como a Furg, de Rio Grande.
A coluna também consultou a Chevron sobre seus planos para os 15 blocos que poderá explorar no litoral sul do Estado, mas a empresa respondeu que, por ter acabado de assinar os contratos de concessão dos 15 blocos adquiridos no leilão passado, ainda não tem "informações adicionais para acrescentar neste momento".
Entenda quem vai explorar petróleo da Bacia de Pelotas
Petrobras em consórcio com Shell (30%): 26 blocos distribuídos do litoral de Santa Catarina (SC) ao sul do RS.
Chevron: 15 blocos, todos situados no litoral sul do RS, com investimento mínimo previsto de R$ 713 milhões.
Petrobras em consórcio com Shell Brasil (30%) e a chinesa CNOOC (20%): três blocos entre SC e RS. A soma do investimento mínimo previsto nos 29 blocos com participação da Petrobras é de R$ 837 milhões.