Para trazer mais gás ao Rio Grande do Sul, será preciso ter mais disponibilidade do combustível e maior capacidade de transporte.
Diante da iniciativa para reforçar a entrada de gás no Estado, a coluna foi checar o estágio de outros projetos que acenavam com essas possibilidades.
O Terminal Gás Sul (TGS), em Santa Catarina, saiu do papel. Tem capacidade de processar até 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia — metade do volume importado da Bolívia pelo Brasil, de onde vem quase todo gás natural do RS.
O projeto da norueguesa Golar foi vendido à New Fortress Energy — a mesma que tentou destravar o projeto no porto de Rio Grande e desistiu. Conforme o diretor comercial da NFE no Brasil, Edson Real, há "grande interesse em atender à demanda crescente do Rio Grande do Sul".
Para viabilizar a chegada, porém, é preciso resolver o mesmo problema de décadas, o formato telescópico do gasoduto Bolívia-Brasil, que começa com diâmetro de 32 polegadas em Corumbá e termina com 16 polegadas em Canoas. O afunilamento restringe o volume de gás que pode chegar ao Estado para 2,4 milhões de metros cúbicos ao dia.
— Apesar de o TGS gerar aumento na disponibilidade de gás natural na Região Sul, a ampliação da capacidade de transporte do Gasbol para essa região depende, também, de investimentos a serem realizados pela TBG, operadora do gasoduto — afirma Real.
O TGS opera com base em um navio ancorado na costa de Santa Catarina que recebe e armazena gás natural liquefeito (GNL) para, depois, regaseificar o combustível usado. Segundo Real, não há previsão de investimento da NFE no RS.
*Colaborou João Pedro Cecchini