No dia de início das operações com a principal linha de financiamento, de R$ 15 bilhões, o BNDES também colocou no ar um site (clique aqui para acessar) para orientar os interessados em se credenciar para esses empréstimos e outros disponíveis por meio do banco federal de investimentos.
O objetivo é facilitar o acesso de pessoas e empresas gaúchas às ações de apoio do banco, que desde o dia 4 tem um posto avançado funcionando em Porto Alegre. Também permite tirar dúvidas.
— Por orientação do presidente Lula, o BNDES tem centrado todos os esforços para ajudar a reconstrução do Rio Grande do Sul. Além de reforçar a transparência do BNDES, esse novo portal, junto com nosso posto avançado no Estado, que ficará permanente enquanto perdurar a situação de calamidade, é mais uma importante ferramenta orientativa para a população atingida pela catástrofe — afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.
Para confirmar, é o posto avançado que se manterá em Porto Alegre enquanto houver situação de calamidade. O site não tem data para ser tirado do ar. Um dos conteúdos é uma espécie de "tira-dúvidas", com perguntas e respostas para explicar as ações do BNDES.
As taxas de juro variam de 0,5% a 0,9% ao mês. Conforme a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a taxa média de operações de crédito para empresa em maio foi de 3,68% ao mês, a menor desde fevereiro de 2022, seis vezes maior. A média de capital de giro foi de 1,8%, o dobro da oferecida.
Estão habilitadas empresas de todos os portes, inclusive cooperativas, produtores rurais, transportadores autônomos de carga e até empresários individuais situados em município gaúchos com estado de calamidade pública que tenham sofrido perda e danos e/ou consequências econômicas e sociais da enxurrada.
As principais modalidades dos R$ 15 bilhões
1. Financiamento para compra de máquinas e equipamentos, com limite de R$ 300 milhões por empresa, com pagamento em até cinco anos e prazo para começar a pagar (carência) de 12 meses.
- Juro total direto com o BNDES: até 0,5% ao mês.
- Juro total com repasse de outro banco: até 0,6% ao mês.
2. Financiamento para construir ou reformar fábricas, galpões, armazéns, estabelecimentos comerciais, com limite de R$ 300 milhões por empresa, com pagamento em até 10 anos e prazo para começar a pagar (carência) de dois anos.
- Juro total direto com o BNDES: até 0,5% ao mês.
- Juro total com repasse de outro banco: até 0,6% ao mês.
3. Capital de giro emergencial, com pagamento em até cinco anos e prazo para começar a pagar (carência) de um ano.
- Direto com o BNDES: limite máximo de R$ 50 milhões para empresas médias e R$ 400 milhões para grandes, e juro total 0,7% ao mês para médias empresas e 0,9% para as grandes.
- Repasse de outro banco: limite máximo de R$ 20 milhões para qualquer porte, com juro total de até 0,8% ao mês.
Programa Emergencial de Acesso a Crédito Solidário - FGI PEAC
Para produtores rurais, microempreendedores individuais (MEIs) e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) das regiões do Rio Grande do Sul com estado de calamidade pública decretado e faturamento anual de até R$ 300 milhões.
- Percentual máximo de garantia do FGI PEAC: 80% por operação de crédito.
- Valor máximo por operação de crédito: R$ 10 milhões.
- Prazo: 84 meses para pagamento.
- Prazo para começar a pagar (carência): 24 meses.