O ano de 2024 começa registrando 85 operações de fusões e aquisições no Brasil, mesmo número registrado em janeiro do ano passado. No Rio Grande do Sul, foram 9, 10,5% do total.
Neste ano, entretanto, há características de mercado que revelam uma tendência de crescimento dessas ações nos próximos meses, segundo conclusão do relatório mensal de fusões e aquisições produzido pela PwC Brasil.
— O ano de 2024 começa com interesse maior do investidor por compra de controle societário ao invés de compra da participação minoritária, com 54% das operações do período, contra 47% no mesmo período do ano passado. Este comportamento pode demonstrar uma visão de mais longo prazo dos investidores — afirma o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso.
Ainda segundo Dell'Orso, os números de operações por tipo de comprador (estratégico ou financeiro) também poderiam indicar certa estabilidade se comparados ao mesmo período do ano passado. Contudo, quando é avaliada a média das operações de 2023 em relação a janeiro de 2024, nota-se uma tendência de retomada dos investimentos pelos fundos de private equity e bancos de investimentos, cujo volume de transações cresceu 19% — esta mesma tendência pode ser confirmada se avaliados os últimos 12 meses findos em janeiro de 2024 contra o mesmo período de 2023, quando é registrado um crescimento de 10%.
Na comparação por setor, tecnologia continua sendo o de maior destaque. Quando comparados os últimos 12 meses, com fim em janeiro de 2024, o setor registrou um decréscimo importante no número de operações, mas, no comparativo de janeiro de 2023 com janeiro de 2024, mostra recuperação, representando 50% das transações no período.
O setor de consumo também trouxe queda, de 8%, no volume de transações nos últimos 12 meses, mas um ligeiro aumento em proporção das transações totais no comparativo entre os períodos. O setor de produtos industriais e automotivos, terceiro setor com maior representatividade em volume de transações, apresentou uma queda de 12% no período de 12 meses findos em janeiro deste ano se comparado ao mesmo período do ano anterior. Na comparação mês contra mês, teve uma pequena perda de representatividade sobre o total de transações, de 2,4%.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo