Com sede em Feliz, no Vale do Caí, a Plastiweber entrega ao mercado embalagens feitas com até 100% de plástico reciclado pós-consumo - isto é, que deriva de um produto final, como uma garrafa d'água. Mas, como afirma o CEO da empresa, Moisés Weber, a reação dos clientes em relação à reciclagem do produto é, por vezes, de desconfiança.
Para reforçar a transparência do processo, a Plastiweber participa dos primeiros testes da plataforma Recircula Brasil. A iniciativa rastreia os resíduos plásticos durante toda a cadeira produtiva, da origem à reinserção. Isso, segundo o Weber, credita a circularidade do material usado para fazer as embalagens da Plastiweber, demonstrando que a empresa está, de fato, tirando os resíduos plásticos do meio ambiente para transformar em novos produtos.
— Nós conseguimos mapear a cadeia desde a cooperativa, passando pelos fornecedores e pelo processamento na Plastiweber, até chegar às embalagens recicladas utilizadas pelos nossos clientes. Isso inspira confiança e credibilidade — afirma Weber.
As informações disponibilizadas pela Recircula Brasil, segundo Weber, também podem ser usadas para beneficiar e expandir a operação da empresa, que recicla produtos apenas na última etapa de consumo. Além disso, os dados podem ser usados para fortalecer o setor como um todo, complementa o CEO.
Idealizada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e desenvolvida pela Central de Custódia, a Recircula Brasil alimenta o seu sistema a partir de notas eletrônicas. O documento funciona como um comprovante das transações realizadas pelos transformadores e recicladores usuários da plataforma.
Ou seja, dá para saber quem coletou o resíduo, quem transformou em resina reciclada, para quem a resina foi vendida, que produto foi feito e quanto de conteúdo reciclado tem no produto final.
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