Um teste de combustível para navios - chamado de "bunker" - com 24% de conteúdo renovável foi feito em Rio Grande, com o abastecimento de uma embarcação fretada pela Petrobras no Terminal de Rio Grande da Transpetro.
A iniciativa da estatal emprega uma formulação a partir de bunker de origem mineral e biodiesel produzido pela Petrobras Biocombustível (PBio) na Usina de Montes Claros (MG). Conforme análises preliminares, o percentual estimado de redução de emissões de gases de efeito estufa é de 17% em comparação ao combustível 100% fóssil.
O navio, contratado pela Petrobras com a Maersk Tankers, foi abastecido com 573 mil litros de combustível e vai fazer rotas ao longo do litoral brasileiro, na chamada navegação de cabotagem. Nos próximos meses, serão acompanhados os dados do navio, como consumo, potência desenvolvida, distância percorrida, além do desempenho do combustível em filtros e sistemas de purificação.
O teste de Rio Grande - onde a Petrobras e seus sócios (Ultra e Braskem) na refinaria local pretendem instalar a primeira biorrefinaria do país - foi o segundo com combustível renovável para navios, mas desta vez o percentual de componente renovável foi maior. O primeiro, realizado de dezembro de 2022 a fevereiro deste ano, usou 303 mil litros de combustível fóssil com 10% de biodiesel na embarcação Darcy Ribeiro, da Transpetro. Os resultados não indicaram problemas no funcionamento do motor ou dos sistemas de tratamento do combustível (centrífugas e filtros).