Uma empresa de engenharia com foco em inovação já começou a participar de um projeto bilionário de exploração de petróleo na Bacia de Santos — epicentro do pré-sal.
A Stresstec surgiu no Laboratório de Metalurgia Física (Lamef) da UFRGS, especializado em fadiga e mecânica da fratura, e foi incubada no Hestia, o parque tecnológico da mesma universidade federal.
Com sede em Gravataí, perto da freeway, a Stresstec atua para a Enauta, está desenvolvendo o sistema definitivo de produção do campo de Atlanta, localizado em águas profundas — a 1,5 quilômetros da superfície.
O sistema provisório em operação será substituído por um FPSO (navio-plataforma). O campo terá capacidade para produzir 50 mil barris de petróleo por dia a partir de meados de 2024, com investimento é de US$ 1,2 bilhão.
O papel da Stresstec é testar os protótipos dos cabos umbilicais, que levam energia e fluidos do navio para os equipamentos localizados no fundo do mar (na foto abaixo, só uma das pontas de um desses cabos ao lado de uma xícara, para permitir a comparação). São tubos flexíveis de quase 2 quilômetros de extensão (1,8 km) que ficam pendurados no navio e pesam cerca de 68 quilos - por metro. O peso total chega a cerca de 122 toneladas.
O comando do projeto é do também gaúcho presidente da Enauta, Decio Oddone, que esteve hoje na Stresstec para acompanhar o trabalho. E avisa, sobre uma eventual "simpatia" entre gaúchos:
— Foi escolha de um contratado nosso.
Se o resultado do teste na Stresstec não for positivo, a Enauta tem de refazer a engenharia, o protótipo e retestar, ou seja, é uma etapa estratégica do projeto.