Com a inauguração da reforma da Torre I, a Unimed Vale dos Sinos conclui na sexta-feira (9) a entrega de seu complexo hospitalar na região.
O centro de saúde passou por reestruturação para se tornar uma referência nas áreas de área materno-infantil, hemodiálise, hemodinâmica e oncologia. O investimento total é de R$ 378 milhões, dos quais R$ 100 milhões foram aplicados na Torre I.
O complexo do Vale dos Sinos inclui o hospital de São Leopoldo, mas o investimento foi concentrado nas Torres I e II e no edifício-garagem que ficam em Novo Hamburgo. Segundo o presidente da Unimed Vale do Sinos, Luis Carlos Melo, o valor do aporte foi impactado pela pandemia:
— Primeiro, demorou quase 10 anos para conseguirmos todas as licenças necessárias para iniciar o projeto. Quando começamos, veio a pandemia, mas não fugimos da luta. O investimento foi maior do que imaginávamos. O valor inicial girava em torno de R$ 250 milhões e chegamos a quase R$ 400 milhões. Íamos usar somente recursos próprios, mas tivemos que buscar empréstimos de fora.
A Torre I ocupa um espaço de quase 8 mil metros quadrados (7,8 mil), com quatro pavimentos (um subsolo e três andares). Após a reforma, a capacidade é de 42 leitos, sendo 20 de UTI Neonatal e os demais de internação.
— Tecnologia de ponta e segurança são os nossos principais focos. Estamos inaugurando hoje, mas já pensamos nos próximos passos, nas próximas tecnologias que podemos oferecer a nossos clientes. O hospital pode ser comparado a instituições como o Moinhos de Vento, em Porto Alegre, pelo investimento que fizemos em alta tecnologia — afirma.
No novo complexo, foi implementada a tecnologia de cirurgia robótica. Com isso, a unidade se torna a primeira Unimed do Rio Grande do Sul e o primeiro hospital do interior do Estado apto a realizar esse tipo de procedimento:
— Entre os benefícios da cirurgia robótica estão maior precisão na cirurgia e menores incisões, diminuição dos riscos de sangramento e infecções, recuperação mais rápida e menor tempo de hospitalização.
Ao todo, o complexo tem 40 mil metros quadrados, 10 salas cirúrgicas, duas salas de parto e 251 leitos (192 de internação clínicas, 19 de internação obstétrica/materna, 20 UTI adulto e 20 UTI neonatal). Sobre os próximos passos na região, Melo pontua que o foco atual é "corrigir processos", mas adianta que a empresa já tem projeto em vista.
— Sempre que inauguramos um projeto, temos que corrigir alguns processos antes de pensar em novos lançamentos. Precisamos ver como o 'navio' vai se comportar navegando. Mas já posso adiantar que estamos planejando a construção de um senior living com 130 vagas em Novo Hamburgo— afirma.
A coluna questionou Melo sobre os recentes movimentos feitos pela Hapvida, um dos grupos que vem comprando muitas instituições de saúde no país. A empresa colocou à venda dois ativos considerados "não estratégicos" e, depois da divulgação do seu balanço do quatro trimestre do ano passado, perdeu R$ 13,2 bilhões em valor de mercado.
— A HapVida sempre foi uma concorrente, mas nunca chegou a nos atingir drasticamente. Ambos "vendem" saúde, mas a Hapvida vende de uma forma mais massificada e, nós, de uma maneira mais personalizada — finaliza.
* Colaborou Camila Silva