É praia, mas parece uma estância. Entre Arroio do Sal e Torres, na Estrada do Mar, funciona um hotel fazenda tipicamente gaúcho. Desde 2018, na altura do quilômetro 70 da rodovia, a Fazenda Dom 7 está com sua porteira aberta para receber tanto quem quer dar apenas uma paradinha antes de seguir viagem quanto quem deseja descansar e aproveitar suas opções de lazer.
A fazenda ocupa uma área total de 107 hectares às margens da Lagoa Itapeva. Do outro lado da estrada, a praia está a apenas dois quilômetros de distância. O terreno foi comprado há cerca de uma década pelo casal Giancarlo Pacheco e Juliana Magnus, que administram o empreendimento.
— Quando compramos não tinha nada, era um campo abandonado. Então começamos a cuidar, fazer limpeza, manutenção, drenagem, e aí começamos a montar a infraestrutura, mas sem agredir a natureza local, ao contrário, sempre em harmonia com o ambiente — destaca Juliana.
Prestes a completar cinco anos de operações, a Dom 7 funciona e recebe visitantes diariamente, menos na segunda-feira, quando fecha para folga e manutenção interna. Para quem deseja passar o dia, há opções de atividades como trilhas, piqueniques, salas de jogos, piscinas, práticas de esportes e os passeios a cavalo.
Segundo Juliana, a Lagoa Itapeva também é um grande sucesso de público. A administradora conta que os visitantes podem tomar banho, pescar ou simplesmente aproveitar o pôr do sol.
— É uma lagoa enorme e linda, que proporciona o pôr do sol mais bonito da região. Até o verão vamos oferecer passeio de barco, e quem tiver jet ski, prancha de stand up paddle, kite surf, caiaque, ou coisas desse tipo, também pode trazer para aproveitar a lagoa — afirma.
Há dois restaurantes na propriedade. O primeiro é o Raízes, que funciona de terça-feira a sexta-feira, oferecendo buffet diário de comida caseira. O segundo, o Cabanha, funciona só em fins de semana e feriados, servindo rodízio de churrasco e um tradicional costelão, além de saladas, pratos quentes e sobremesa. Mas uma das atrações não está no menu: uma rara experiência de fazer uma refeição nas baias dos cavalos.
— O Cabanha não foi construído para ser restaurante, foi projetado originalmente para abrigar nossos cavalos, com cocheiras, baias, sala de encilha, completo. Mas quando ficou pronto, achamos muito bonito, e acabamos decidindo por fazer adaptações e abrir o restaurante para receber eventos e também fazer uma homenagem ao cavalo, importante para a cultura gaúcha — explica Juliana.
A paixão pela cultura do Rio Grande do Sul fica clara na Fazenda Dom 7. Fruto da admiração do casal pela história e pelos costumes cultivados no Estado, manifesta-se na decoração, nas rodas de chimarrão ou nos shows de músicas e danças gaúchas tradicionais que ocorrem no Cabanha nos fins de semana.
— Somos ma propriedade que cultua hábitos e costumes do gaúcho. Valorizamos as comidas, as roupas, a lida com os animais, a vida no campo e também a história do povo gaúcho e de nosso território como um todo, que é muito bonita e muito particular nossa — reforça Juliana.
A fazenda tem ainda 11 chalés de hospedagem. Mais afastadas do resto da fazenda, mas ainda aproveitando toda a sua estrutura, as cabanas ficam no meio de um bosque, e abrigam entre duas e cinco pessoas cada. Até o final de setembro, os administradores também vão abrir um armazém na beira da estrada, para atender viajantes com necessidades mais urgentes ou tempo mais curto.
Serviço: o valor da visita, com direito a aproveitar todas as atividades de lazer livremente, é de R$ 25. Quem almoça no local, no Raízes (R$ 27) ou no Cabanha (R$ 97), a taxa de entrada não é cobrada.
Essa seção inclui experiências acumuladas ao longo da pandemia e sugestões de leitores. Quem quiser indicar pequenos negócios que se tornam grandes passeios pelas atrações que oferecem, podem mandar pelos e-mails marta.sfredo@zerohora.com.br e mathias.boni@zerohora.com.br, ou deixar aqui nos comentários.
* Colaborou Mathias Boni