Nesta segunda-feira (30), toma posse na presidência do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade que organiza o Fórum da Liberdade, a engenheira de produção Victoria Jardim, de 28 anos. Com pós-graduação em Administração, Finanças e Geração de Valor pela PUCRS, fez cursos como Leadership for Young Leaders, na International Academy of Leadership, na Alemanha, e Project Management Program, pela Universidade de Ohio (Estados Unidos). Foi cofundadora e presidente do Instituto Atlantos e vice-presidente do Instituto Liberdade. Victoria está à frente da direção mais equilibrada em gênero do IEE, mas afirma que é por mérito, não por cota. Neta do ex-deputado pedetista Aldo Pinto, diz que a família respeita as escolhas de cada um.
Nessa gestão, há maior equilíbrio entre homens e mulheres. Isso foi pensado ou aconteceu?
Aconteceu, tentei me cercar das melhores pessoas. Somos quatro mulheres, mas todos estão aqui por mérito, não por outro motivo, não por cota.
Quais os planos para a gestão?
Como fui diretora de formação, uma das preocupações será com a formação de líderes, que é o core business do IEE. Fala-se muito do Fórum da Liberdade, mas são dois dias. Nos demais, os associados estudam, se formam. Trouxemos o Salim Mattar para o lançamento do atual circuito de formação. É um trabalho de rotina, mas que precisa ser bem feito. Qeremos uma matriz mais robusta de leituras, estudos de livros, trazer bons palestrantes, porque nos guiamos muito pelos bons exemplos. Então, o foco na formação é prioridade. Para o Fórum, a meta é tentar voltar a ter as cerca de 6 mil pessoas que já reunimos e fortalecer a versão online para impactar mais gente.
O liberalismo hoje tem uma visão social mais acentuada, como mencionou Salim Mattar? Com certeza. Um dos pilares do liberalismo é a questão das liberdades individuais. É parte da ideologia em si. A missão do IEE é defender o compromisso com a livre iniciativa e o Estado de direito. Esse dois pilares do instituto se encaixam em diversas ideologias, a liberal, a conservadora, a social-democrata. O respeito a essas duas premissas são os maiores valores.
O fato de ser neta de Aldo Pinto e presidente de um instituto liberal rende almoços em família movimentados?
Meu avô é pedetista, que foi muito amigo e próximo do (Leonel) Brizola, minha mãe também é pedetista. Não vejo como problema. Tem de saber dialogar. Na minha família, cada um deve ser livre para estudar, se formar e mudar sua própria opinião. Eles respeitam meu posicionamento. Os almoços de domingo são animados, mas sempre com muito respeito. Procuramos preservar muito o lado familiar para não ter nenhum tipo de problema. Brigamos mais porque sou colorada fanática e ele é gremista.