Abre as portas na sexta-feira (1°) a primeira loja da Claro no país já preparada para a estreia do 5G em julho: tem experiências especiais de jogos e produtos para conectar toda a casa.
Será no Iguatemi Porto Alegre, esticando o espaço anterior de 97 para 225 metros quadrados, resultado de investimento de R$ 2,5 milhões. É um sinal da aposta da operadora na nova tecnologia, que vai consumir neste ano um total de R$ 10 bilhões, sem contar os pagamentos pelas frequências no leilão do ano passado.
Mas por que a Claro, uma operadora nacional, estreia esse modelo em Porto Alegre? Não é só porque o CEO da empresa para o mercado de consumo e pequenas empresas, Paulo César Teixeira, é gaúcho. Quem respondeu foi o diretor regional Sul, Marcelo Repetto: a fatia de mercado na capital gaúcha é a mais alta do país: 58%.
— Como gaúcho, fiz uma forcinha maior — brincou Teixeira.
Falando sério, o executivo confirmou que a loja prepara a estreia do 5G, em que a Claro está concentrando suas apostas. Cita, por exemplo, que todos os aparelhos vendidos nas lojas já são os destinados à nova tecnologia. Afirmou que, agora, já começam a chegar celulares na categoria intermediária, com preços mais acessíveis. A coluna quis saber quantas antenas a operadora vai instalar em Porto Alegre, mas Teixeira fez mistério:
— Não posso dizer para não dar pistas para a concorrência.
Mas assegurou que vai haver um número maior do que o exigido pelas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na primeira fase — uma antena a cada 100 mil habitantes. Afirmou, ainda, que já estão até instaladas, só esperando para "virar a chave". A prioridade será dada aos bairros que mais concentram celulares que já usam a tecnologia 5G DDS, que fez a transição para o "de verdade", que se chama stand alone.
Conforme Teixeira, a retirada das antenas parabólicas não é crítica, no caso da capital gaúcha, porque o uso é mais intenso no interior do Estado. O executivo afirmou que a falta de semicondutores acabou sendo "positiva" para o 5G, porque como a indústria teve de escolher qual aparelho produzir, acabou optando pela nova tecnologia, aumentando o número de unidades e ajudando a reduzir o preço.
Além de preparar loja e sinal para o consumo pessoal, a Claro mira no segmento de negócios. Conforme Teixeira, a operadora já faz vários pilotos com universidades e empresas - uma é a catarinense Weg, para fazer cobertura dedicada e aumentar a produtividade.
Na nova loja da Claro, os clientes poderão testar as funcionalidades de casa conectada, com ajuda da Alexa e de outras assistentes virtuais, e de games. Também haverá espaço para uma conversa com especialistas em tecnologia para explicar como funcionam os novos dispositivos. A operadora ainda está estreando a experiência Mundos, em realidade virtual, que é uma espécie de "pré-metaverso".