O "gigante da freeway" terá, enfim, inauguração oficial. A nova sede da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), que já tinha movimentação no final de 2019, terá corte solene de fita nesta terça-feira (22), cerca de um ano e meio depois do início de sua ocupação.
Mas por que demorou tanto, afinal? A combinação da pandemia com a apertada agenda do presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, criaram suspense sobre a data da cerimônia.
Conforme o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, a combinação de dificuldades relacionas à covid-19 e à agenda fez com que a solenidade ficasse para esta terça, a famosa 22/02/22, uma data palíndromo (que pode ser lida ao inverso com o mesmo resultado).
— É só uma coincidência — garante, rindo sobre uma eventual escolha proposital de data.
Demorou, mas ganhou um aniversário memorável. O complexo inclui área de convivência, biblioteca, lounges, auditório, dois restaurantes, usina de energia solar e até um lago artificial. Havia dois andares desocupados, mas um deles já começou a ser povoado com a incubadora de startups, que deve ser inaugurada em seguida, em março.
— É uma grande novidade na inovação. Deveremos ter de cinco a seis startups funcionando lá, em uma área de 1,5 mil metros quadrados de área disponível.
Embora a atual direção deva ter mandato renovado na eleição prevista para 2 de maio, nem todos ficam na nova composição. Assim, a decisão foi aproveitar uma janela antes do Carnaval para cortar a fita com toda a pompa. No auditório com capacidade para mil pessoas, estão previstos 500 convidados, com máscara, distanciamento e álcool gel.
— Já havia até certa ansiedade de alguns diretores, porque estamos ocupando já há quase um ano e meio. Vai continuar todo mundo junto, com a mesma diretoria, mas alguns que saem não poderiam ver o fruto do trabalho antes da troca — relata Bohn.
Chegou a ser registrada uma chapa de oposição à atual, esclarece Bohn, que acabou "não vingando". O desafio dos próximos quatro anos, afirma, é dar conta dos projetos que ficaram incompletos exatamente em decorrência da pandemia.
Funcionam no "gigante da freeway" a sede da Fecomércio e as direções regionais de Sesc e Senac, vinculadas à entidade. Ocupam o edifício, atualmente, 500 funcionários. Bohn diz querer que o prédio seja conhecido como a "casa do comércio gaúcho":
— É um local que deve servir de ferramenta para empresas, sindicatos, para defender o setor terciário.
Na Alberto Bins, onde antes funcionavam esses órgãos, o prédio pertencia ao Sesc, que mantém lá escolas de ensino à distância (EaD), restaurante, atendimento odontológico, teatro.
— Vai ter alguns andares para locar no centro. E aqui na nova sede, também teremos espaço para locar, para ter receita, como faz a Fiergs — arremata o presidente da Fecomércio.