Especializada em viagens corporativas, a agência de viagens Dynamic Travel está desembarcando em Porto Alegre. A operação gaúcha será comandada por Carlos Fraga, que atua no setor de turismo há cerca de 20 anos.
À coluna, o diretor de novos negócios da empresa, Demetrius Miguel afirmou que a decisão de expandir em meio à onda de contágio ocasionada pela Ômicron está alinhada com a expectativa de que o cenário será normalizado "em breve":
— De fato, com a nova variante nós colocamos o pé no freio. Já percebíamos uma 'normalidade' entre os nossos clientes quando, novamente, fomos impactados com a perda de volume. Entretanto, diferentemente das outras variantes, a projeção é que a onda de contágio não seja tão longa. Essa é a nossa expectativa.
Além disso, a expansão do negócio também tem como base o bom desempenho no ano passado. Em novembro de 2021, a empresa já havia obtido o mesmo resultado dos 12 meses de 2019. Segundo Miguel, a retomada é fruto do investimento que a empresa fez na área comercial, no primeiro ano da pandemia.
— No final de 2020, nós decidimos investir na contratação de funcionários para atuarem na busca ativa de clientes. Começamos a prospectar novos clientes, mesmo sabendo que eles não tinham a intenção de viajar naquele momento. Fizemos uma aposta e conseguimos colher os frutos — detalha.
O diretor admite que a retomada já registrada pela empresa não é realidade em outras empresas do setor. Para este ano, a agência projeta crescimento de 35% em comparação com 2019.
Segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), em 2021, a receita total registrada pelo segmento foi de R$ 4,370 bilhões, o que representa cerca de 40% do faturamento em 2019 (R$ 11,388 bilhões). Ou seja, ainda distante do cenário pré-pandêmico.
Questionado sobre as tendências do mercado, Miguel confirma que existe sim a possibilidade de empresas se fundirem:
—Sim, existe a possibilidade de que as empresas unam suas forças. Isso está inclusive no nosso radar, tanto a aquisição de outras empresas quanto uma fusão, caso isso faça sentido para ambas as companhias.
* Colaborou Camila Silva