O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
As compras de Natal devem ser melhores que em 2020, porém com desempenho pior que nos anos anteriores. É o que aponta o estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). A pesquisa analisa a intenção de compra dos consumidores e o quanto pretendem gastar com os presentes.
O dado que chamou a atenção em 2021 foi a desigualdade entre as famílias de menor e maior poder aquisitivo. A diferença de intenção de compras das que ganham até R$ 4.800 e as que ganham acima desse valor atingiu 44,4 pontos, o maior resultado da série histórica.
O indicador mostra ainda que as famílias de mais baixa renda, maior parcela da população, são as mais afetadas. Para elas, o Natal será mais magro. Muitos não irão sequer comprar presentes.
O preço médio dos presentes passou de R$ 104 para R$ 106. O indicador foi puxado pelo aumento da proporção de consumidores que pretendem elevar o gasto: de 5,5% em 2020 para 15,4%, este ano. A maior variação foi verificada entre os consumidores com renda de R$ 2.100 a R$ 4.800. No geral, a prioridade é comprar em loja física.