Desde que não conseguiu cumprir o contrato que previa a ampliação bilionária no sistema de transmissão do Rio Grande do Sul, a CGT Eletrosul havia mergulhado em uma espécie de "apagão" de projetos.
Por isso, a coluna se surpreendeu com o anúncio de investimentos da estatal para expansão do parque eólico Complexo do Cerro Chato, em Santana do Livramento.
Conforme a empresa, foi aprovado neste mês o aporte para a implantação do Parque Eólico Coxilha Negra, com 302 megawatts (MW) de potência instalada. As obras devem começar até o final do primeiro semestre de 2022. A CGT Eletrosul estima a criação de 310 empregos diretos e cerca de 150 indiretos.
A operação do novo parque tem início previsto para o final de 2024. O sistema de conexão do Parque Coxilha Negra será composto por duas subestações coletoras. Para a implementação, está prevista a construção de novos acessos internos, além da melhoria daqueles já existentes. Todo o processo será acompanhado de procedimentos de gestão e recuperação ambiental, com benefícios à população local.
A surpresa com o anúncio ainda é maior porque cinco dos parques do complexo — Cerro Chato IV, V e VI, além do Cerro dos Trindade e Ibirapuitã 1 — haviam sido colocados à venda pela Livramento Holding, no qual a CGT Eletrosul tem 78%. E mais ainda, por ser uma subsidiária da Eletrobras que deve ser privatizada com o restante da companhia, conforme previsto uma empresa de geração e transmissão de energia elétrica.