Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 55% dos empresários consultados consideram que um racionamento de energia "provavelmente ocorrerá" em 2021, como resultado da crise hídrica. Outros 7% avaliam que o corte compulsório no consumo "ocorrerá com certeza", o que soma 62%.
Uma pequena proporção, de 3%, tem certeza de que não há qualquer risco. O levantamento foi feito com 572 empresas de 25 de junho a 2 de julho.
Nove em cada 10 consultados estão preocupados com a crise hídrica. As maiores inquietações são o aumento do custo da energia (83% dos preocupados), a possibilidade de racionamento (63%) e o risco de instabilidade ou interrupções no fornecimento (61%).
Entre as ações adotadas para reduzir o risco, 34% passaram a investir ou elevaram aportes em medidas de eficiência energética, 26% elevaram apostas em autogeração ou geração distribuída e 18% mudaram operações para reduzir a atividade nos horários de pico.
No entanto, 65% afirmam ser difícil ou muito difícil mudar o horário de operação para reduzir o consumo de energia no horário de pico. A medida, que o governo pretende adotar para reduzir o risco no sistema elétrico, é considerada "muito difícil" de ser implementada por 33% dos consultados e "difícil" por outros 32%. Isso pode complicar uma das principais alternativas para evitar a ocorrência de "apaguinhos", que são cortes no fornecimento provocados por desequilíbrio no sistema com origem em baixa carga e alto consumo.