Marta Sfredo
Na quinta-feira, dia do anúncio dos reajustes de 10% na gasolina e de 15% no diesel, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também comunicou o resultado da segunda prévia de fevereiro de um de seus índices de preços, o IGP-M. Ao contrário de outros indicadores em que o termo não é muito preciso – como o IBC-Br do Banco Central, chamado de "prévia do PIB", mas com universo e metodologia diferentes –, as antecipações mensais do IGP-M seguem as regras do indicador mensal definitivo. Só muda o período de pesquisa, realizada de 10 em 10 dias. E o resultado antecipado de fevereiro bateu em 28,64%. Foi o maior desde junho de 2003, que havia sido de 28,68%, diferença de 0,04 ponto percentual. Na época, era o resultado da maxidesvalorização decorrente da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência, em novembro de 2002. Ao entrevistar André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da FGV, a coluna começou com a pergunta que está na cabeça de todo consumidor brasileiro.