O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
No ano marcado pela chegada da pandemia, a CMPC bateu recorde de produção. Instalada em Guaíba, na Região Metropolitana, a indústria fabricou, em 2020, 1,87 milhão de toneladas de celulose, além de 52,6 mil toneladas de papel. O recorde anterior havia ocorrido em 2018. Os números foram apresentados pela companhia à imprensa nesta quinta-feira (21).
— Em 2020, mesmo com duas paradas, superamos 2018. Foi um excelente resultado que conquistamos com muito comprometimento — disse o diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger.
Após questionamento da coluna, o executivo acrescentou que a companhia busca elevar a produtividade com trabalho de "desenvolvimento de líderes". Sobre 2021, afirmou estar "otimista". A perspectiva é de "aumento marginal" na produção.
— Não sabemos muito bem qual será o cronograma de vacinação. Esperamos que seja o mais curto possível. Vários setores vêm se adaptando a uma nova realidade e vão continuar crescendo — frisou.
Durante a apresentação, a CMPC destacou iniciativas sociais realizadas na pandemia, como a doação de máscaras. Segundo a companhia, R$ 20,3 milhões foram investidos em projetos sociais, em 2020, incluindo melhorias na orla de Guaíba. Para 2021, a estimativa é de desembolso de R$ 11,5 milhões.
A empresa gera 6,6 mil empregos diretos. Com o acréscimo de indiretos e induzidos, 45 mil postos de trabalho são impactados pelas operações da indústria, que se apresenta como a maior do Estado.
No ano passado, a CMPC também bateu recorde na área logística. Foram 2,6 milhões de toneladas de madeira e celulose transportadas por hidrovia. As barcaças se deslocam entre Guaíba e a Região Sul, onde há o porto de Rio Grande.
A empresa ainda anunciou a criação de programa de fomento à silvicultura no Estado. Uma das características é que, desde o início da iniciativa, o produtor já poderá simular o rendimento que terá com a atividade, diz a companhia.