O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A aprovação pela Anvisa do uso emergencial de duas vacinas contra a covid-19 (CoronaVac e Oxford) causa uma dose de alento para a economia. Depois de o Brasil ter ficado para trás na corrida por imunizantes, o sinal verde da agência reguladora, confirmado neste domingo (17), gera esperança de redução no número de casos de coronavírus. Mas o caminho para a superação do problema sanitário ainda é longo.
Os números da pandemia seguem assustando. Exemplo disso é a situação de Manaus, cujo sistema hospitalar entrou em colapso.
Em razão da necessidade de o país enfrentar o problema sanitário com base em evidências científicas, economistas e líderes empresariais reforçaram o coro em defesa das vacinas nos últimos dias. Na sexta-feira (15), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que "a vacinação em massa será fundamental para a melhoria do ambiente de negócios e a retomada da economia de modo sustentado".
"A imunização permitirá o retorno seguro dos brasileiros às atividades diárias e ao trabalho, a recuperação do mercado consumidor e dos investimentos e, consequentemente, a reativação de todos os setores da economia. Mais importante, permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra um vírus que tem trazido enorme custo humano para o país e para o mundo", acrescentou a CNI.
Setores da economia que dependem da circulação de consumidores sofreram mais durante a pandemia. Entre eles, serviços de turismo, gastronomia e eventos. Especialistas destacam que essas atividades só terão retomada total a partir da imunização.
O processo ganha ainda mais importância diante do cenário na largada de 2021. Com a penúria fiscal vivida pelo país, o governo federal encerrou medidas de estímulo a empresas e consumidores, incluindo o auxílio emergencial. Sem o impacto dessas ações, é a vacinação que pode criar dias melhores para empresários e trabalhadores.