A mais recente reação à morte por espancamento de João Alberto Freitas em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre veio de um novo, mas respeitado, instrumento do mercado financeiro.
Lançado em setembro passado com a gaúcha Lojas Renner à frente, o índice S&P/B3 Brasil ESG é formulado em conjunto pela S&P, que faz um dos indicadores mais importantes da bolsa de Nova York, e pela B3, a bolsa de valores do Brasil.
Na terça-feira (8), houve o anúncio de que o Carrefour havia sido retirado da lista. No comunicado, S&P e B3 afirmaram que a decisão foi tomada depois de uma análise da repercussão do assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos.
Além da Renner, integram esse índice empresas como Banco do Brasil, Bradesco, Braskem, Itaú, Natura e WEG. A intenção é estimular a compra de papéis de empresas comprometidas em manter as melhores práticas sociais, ambientais e de governança. Esse conjunto de condições é conhecido pela sigla ESG (environmental, social and corporate governance) e vem crescendo como fator fundamental para a reputação das companhias.
Conforme descrito no site da B3, o S&P/B3 Brasil ESG é "um índice amplo que procura medir a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI". Exclui ações "com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU (UNGC em inglês) e também empresas sem pontuação ESG da S&P DJI".