Embora a maioria tenha enfrentado problemas, quase um terço dos minimercados do Rio Grande do Sul conseguiu obter aumento nas receitas, em plena pandemia, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Pesquisa feita pela Fecomércio-RS de 30 de setembro a 20 de outubro de 2020 mostrou que 36,9% conseguiram elevar o faturamento. Os mercadinhos foram considerados essenciais e, portanto, ficaram abertos mesmo nos períodos de maiores restrições à atividade.
O levantamento é uma edição especial da Sondagem de Segmentos da entidade, que fez 385 entrevistas em todo o Estado com estabelecimentos incluídos no Simples Nacional. Conforme a Fecomércio-RS, ainda que o impacto do coronavírus esteja diminuindo com a reabertura dos negócios, é fundamental mensurar a dimensão dos danos da crise sobre a economia.
Entre os entrevistados, 69,1% dos negócios tinham mais de 10 anos de existência e 53,8% tinham até cinco funcionários. Entre os 63,1% que relataram perdas, a maioria (27%) conseguiu limitá-las a 10%. Do total, 61,5% adotou medidas para amenizar o prejuízo. Só 18,2% afirmaram que tiveram sua força de trabalho alterada (com demissões, reduções de jornada e salário e suspensões de contrato). Apesar do período bastante difícil, 60% afirmou esperar uma melhora nas vendas nos próximos seis meses.
Segundo Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, o maior fluxo de pessoas nas ruas gera aumento das vendas, o que tende a beneficiar os minimercados. O dirigente lembrou, no entanto, que "o vírus ainda está entre nós", e é preciso que todos façam sua parte para seguir avançando na geração de emprego e na recomposição da renda.