A situação dos negócios em meio à pandemia não é delicada só no Brasil. Em pesquisa realizada com 2.141 executivos e empresários de pequenas e médias empresas em oito países, seis em cada 10 preveem que, nas atuais condições, só poderão sobreviver por até seis meses.
Como a pesquisa foi realizada entre 15 e 25 de maio, isso significa que esse prazo venceria em finais de novembro. O levantamento da Capterra, uma intermediária na venda de softwares, foi realizado em seis países europeus — Alemanha, Espanha, França, Holanda, Itália e Reino Unido —, além de Brasil e Austrália.
Segundo o estudo, mais de 61% das pequenas e médias empresas pesquisadas temem que não consigam sobreviver por mais de seis meses nas condições atuais. O maior percentual está entre as que estimam conseguir se manter por um período de três a seis meses. Nesse caso, o Brasil é discretamente mais otimista: se o país fosse excluído da amostra, a crença de não passar de seis meses subiria para 62%.
Também foram os brasileiros, em quase empate com os britânicos, que deram mais respostas "muito importante" à pergunta sobre a relevância de operar o negócio de forma remota, digitalmente. Nos casos, somada à opção "importante", a opção chega a 75% das respostas, muito acima, por exemplo, da Alemanha, onde as duas escolhas somam cerca de 60%.
No Brasil também há maior preocupação com a produtividade dos trabalhadores. Nesse caso, a soma de "importante" e "muito importante" encosta em 90%, semelhante apenas ao nível da Espanha, que passa pouco dos 80%. Quase a metade das empresas pesquisadas investiu em novos softwares desde o início da crise. Os mais implementados foram os de assistência remota, de videoconferência e os de atendimento via chat.