O TáxiGov, novo modelo de transporte de servidores federais, começa a ser implantado na região metropolitana de Porto Alegre. Isso significa que carros oficiais e motoristas, um símbolo do que já foi chamado de "mordomia", começam a desaparecer.
O sistema já está em funcionamento em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Para a Grande Porto Alegre, tem licitação prevista para agosto e previsão de implantação em outubro. Com cerca de 30 mil servidores federais em 40 órgãos na região, a expectativa é reduzir o gasto com transporte em 58%, de R$ 4,2 milhões para R$ 1,8 milhão ao ano.
Segundo Cristiano Heckert, secretário de Gestão do Ministério da Economia, antes cada órgão público fazia licitações isoladas para comprar carro e combustível.
— O TáxiGov implanta uma concorrência centralizada na qual pode participar qualquer tipo de empresa que forneça serviços de transporte, como cooperativa de táxi, de locação de veículos ou aplicativos. A que oferecer o menor preço por quilômetro vence corrida — detalha à coluna.
Nesta semana, o processo em Porto Alegre entrou na fase chamada de "Intenção de Registro de Preço". Apesar do nome, ainda não é uma consulta ao mercado, mas uma convocação para que cada órgão manifeste adesão ao modelo. Em tese, é voluntária, mas Heckert afirma que no Rio e em São Paulo, foi aceita por quase 100%.
Em Brasília, onde foi adotada de forma gradativa, já se aproxima de 70%. Ministros e ocupantes de cargos considerados de "natureza especial" ficaram fora da regra. Mas Heckert, embora esteja na cúpula do Ministério da Economia, já usa o sistema TáxiGov quando precisa se deslocar.
Nos três locais em que já funciona, estima o secretário, a redução de custos chegou a R$ 25 milhões em cerca de um ano. Nesses casos, as licitações foram todas vencidas por cooperativas de táxi. Em média, o custo é de R$ 2,80 por quilômetro rodado.