Ainda não há data prevista para o início das operações, mas o Banrisul já confirmou à coluna: vai oferecer a linha de crédito desenhada para socorrer pequenas e microempresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões e também para Micro Empreendedores Individuais (MEI). O banco estadual espera homologação no Fundo Garantidor de Operações (FGO), essencial para esse tipo de financiamento.
A Receita Federal já começou a distribuir a correspondência que abre as portas para esse tipo de financiamento, mas até agora só a Caixa Econômica Federal passou a atender a essa demanda. Do total de R$ 15,9 bilhões destinados ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Caixa limitou sua oferta a R$ 3 bilhões.
O Pronampe foi criado para tentar resolver as dificuldade de acesso a crédito para pequenas e microempresas. Tem juro anual de Selic (2,25%) mais 1,25%, oito meses de carência e pagamento em 28 parcelas. O que faz muita diferença é o Fundo de Garantia de Operações (FGO).
Um dos grandes obstáculos para que pequenas e microempresas possam ter acesso ao crédito era a necessidade de dar garantias aos bancos, preocupados com rico de inadimplência. A grande maioria não tem condições de atender. Conforme as regras do Pronampe, o FGO cobre 100% das perdas com empréstimos da linha, até o limite de 85% da carteira.
A coluna relatou na quinta-feira (18) a história do pequeno empresário Pedro Kendzierki, que recebeu a "cartinha", mas ouviu de sua gerente no Santander que o banco não ofereceria a linha por não considerá-la "viável". A coluna fez contato com o Santander, que informou que a decisão ainda não está tomada.
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