A doação de R$ 700 milhões para o combate ao coronavírus anunciada pela JBS é a segunda maior feita por uma empresa brasileira, atrás apenas da realizada pelo Itaú Unibanco, que chegou a R$ 1 bilhão. O desembolso havia sido anunciado há alguns dias, mas ainda não se sabia o destino dos recursos. Com exclusividade para a coluna, a empresa detalhou que, dos R$ 400 milhões que ficarão no Brasil, R$ 21,7 milhões virão para o Rio Grande do Sul.
A empresa optou por não doar o dinheiro a Estados e municípios. Criou um comitê executivo que vai definir necessidade e prioridades com governadores e prefeitos. Toda a gestão das compras de equipamentos, construções e implementações será feita por esse grupo. Do valor destinado ao Rio Grande do Sul, R$ 10 milhões serão dirigidos a ações do Estado e R$ 11,7 milhões vão atender 11 cidades gaúchas. A JBS estima que cerca de três milhões de pessoas sejam beneficiadas, direta ou indiretamente.
Mohamed Parrini, CEO do Hospital Moinhos de Vento e um dos integrantes do comitê, afirma que, no Rio Grande do Sul, haverá o o cuidado de identificar as prioridades do Estado e das cidades que serão atendidas pelo projeto. O foco das ações, aqui, será em ações de saúde pública, social e apoio à ciência, viabilizando a construção de hospitais modulares (permanentes), compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), de saúde, cestas básicas e de higiene e limpeza, entre outros. Todas as iniciativas serão auditadas pela Grant Thornton, consultoria global que abriu mão de seus honorários para contribuir com o programa social.