Os números do impacto do coronavírus na economia começam a aparecer em pequisas que já incluem o período de paralisação de atividades. A Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) relativa a março mostra redução sem precedentes da atividade industrial, que levou a utilização da capacidade instalada ao menor nível já registrado na série mensal, iniciada em 2010.
Medida em pontos, porque se trata ainda de percepção, não de ritmo efetivo das máquinas, a produção caiu a 33,3 pontos, resultado de queda de 14,2 pontos na comparação com fevereiro.
Nesse tipo de aferição, a variação entre zero e cem pontos tem uma linha divisória bem na metade que separa expectativa de alta (acima de 51) de queda (até 50). Conforme a CNI, o indicador reflete queda em "intensidade e disseminação nunca registradas". Os setores mais atingidos são móveis, têxteis, vestuário e calçados. Perfumaria, sabões, detergentes, produtos de limpeza e de higiene pessoal, os mais protegidos.