Pesquisa do instituto Ipsos sobre a percepção da opinião pública a respeito da condução dos chefes de Estado latino-americanos mostrou que o recém-eleito presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, tem a maior aprovação na região, com 59% de avaliações "muito boa" e "boa". O segundo lugar é de Martín Vizcarra, do Peru, com 56% de opiniões favoráveis. No outro extremo do ranking, estão o brasileiro Jair Bolsonaro, com 83% de conceitos "ruim" e "muito ruim", e Nicolás Maduro, da Venezuela, com reprovação de 89%.
A pesquisa foi realizada com 353 entrevistados em 14 países da América Latina entre 27 de março e 6 de abril. Se Bolsonaro é o penúltimo na avaliação da condução pessoal dos chefes de Estado, quando análise é do governo aparece outro em pior situação, o do México, que empata em desaprovação, mas tem aprovação ligeiramente maior. O presidente mexicano, Andrés Manuel Lopes Obrador, considerado "de esquerda", negou a gravidade da pandemia de coronavírus e incentivou as pessoas a se abraçarem na rua até mudar de posição há apenas duas semanas.
A pesquisa mostrou, ainda, que as polícias nacionais e as forças armadas são as entidades mais bem avaliadas pelos entrevistados, ambas com 78% de aprovação. Em seguida, aparecem os meios de comunicação (71%), o sistema de limpeza pública (70%) e o sistema de saúde pública (70%).
Sobre as expectativas de futuro, menos de 10% dos entrevistados considera possível recuperação nos próximos meses. Uruguai, Chile, Colômbia e Peru são os países que sairiam antes da crise, no próximo ano conforme um terço dos ouvidos.