A boa notícia da volta ao trabalho do primeiro paciente a ser diagnosticado com a doença respiratória provocada pelo coronavírus, a Covid-19, também criou uma nuvem de boatos em Campo Bom. Na cidade que abriga muitas indústrias calçadistas e empresas de fornecimento de insumos à cadeia do sapato, circula a informação de que o executivo seria ligado à Arezzo&Co, conhecida marca com origem em Minas Gerais. Em contato com a coluna, o CEO da empresa, Alexandre Birman, afirmou que o paciente não é funcionário da empresa.
Birman atribui os rumores ao comunicado enviado pela Arezzo&Co ao setor informando que a empresa não estaria nos pavilhões da Fenac durante a realização da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec). A organização do evento chegou a negociar com chineses e italianos para que não viessem a Novo Hamburgo. Conforme Birman, a Arrezzo&Co avaliou que seria mais prudente não ter presença física no local, mas segue participando de forma remota da feira.
A Arezzo&Co foi fundada em 1972 por Anderson Birman, em Belo Horizonte (MG). Em Campo Bom, funciona uma das unidades da companhia que tem capital aberto. Além da marca que leva o nome da empresa, ainda produz as linhas Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme e Vans. Alexandre é filho do fundador. Fabrica cerca de 13 milhões de pares ao ano. No ano passado, teve receita de R$ 1,2 bilhão e lucro de R$ 162 milhões.