Seis meses depois da compra de 49% do CCG (Centro Clínico Gaúcho) pelo fundo de investimentos Kinea, ligado ao Grupo Itaú, o investimento de R$ 180 milhões começa a dar resultados. Na próxima terça-feira, começa a funcionar a central de pronto atendimento clínico e pediátrico da zona sul de Porto Alegre.
Com 570 metros quadrados de área e capacidade para atender oito mil usuários do CCG por mês, marca o novo padrão visual das clínicas e novo perfil de atendimento "resolutivo". A ideia é evitar que pacientes tenham de recorrer a outros locais para complementar o diagnóstico. Vai operar de segunda a sexta-feira das 8h às 20h, e nos sábados e domingos, de 10h às 18h.
Mauro Borges, diretor-executivo de operações do CCG, que assumiu em julho passado, avisa que buscará clientes nas classes A e B. Até agora, estava mais centrada em D e E. Para isso, vai aplicar recursos para qualificar o serviço prestado.
– São produtos que estão no forno e devem sair no início do próximo ano – diz Borges.
A meta da nova gestão é dobrar de tamanho em dois anos. O CCG tem atualmente 184 mil clientes e 21 unidades de atendimento, incluindo a nova. Para isso, há R$ 80 milhões reservados para aquisições. A coluna quis saber qual é o foco:
– Todas as operadoras de saúde do Estado – respondeu Borges.
Também vai ampliar a área atendida, hoje concentrada na Região Metropolitana. Abrirá unidades próprias em Bagé, Santa Maria, Cruz Alta e Novo Hamburgo (onde hoje opera com terceiros) até janeiro de 2020.
A maior mudança trazida pela completa reestruturação da governança é de conceito, explica Borges. Sai do modelo americano, de remuneração por serviço, para o inglês, de medicina de valor. Isso significa acompanhar os clientes de perto, com ações preventivas, para reduzir desperdícios, estimados de 35% a 40% no segmento.