Ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich foi preso nesta quarta-feira (20), no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, nos Estados Unidos, sob acusação de corrupção. Além disso, pesam sob ele as acusações de conspiração por violar uma lei de corrupção estrangeira dos EUA e por conspiração para lavagem de dinheiro. As informações são da revista Veja e da rádio norte-americana Kfgo.
Grubisich foi presidente da Braskem entre 2002 e 2008. Durante o tempo em que esteve à frente da a petroquímica, Grubisich circulou muito no Rio Grande do Sul. Antes de a Braskem se tornar a multinacional que é hoje, com instalações na América do Norte e na Europa, o polo petroquímico de Triunfo era uma dos principais ativos da companhia.
Ele liderou o último grande investimento no Estado, a planta de propileno (um tipo de resina plástica) feito a partir de etanol de cana de açúcar. Deixou o cargo para que a empresa acomodasse um sócio dos Odebrecht, Bernardo Gradin, que pouco tempo depois abriu uma disputa judicial com Marcelo Odebrecht ainda não encerrada.
Na acusação, os promotores disseram que "Grubisich e outros funcionários da Braskem e da Odebrecht participaram de uma conspiração para desviar cerca de US$ 250 milhões para um fundo secreto de lama, que foi usado em parte para subornar funcionários". Segundo o indiciamento, o esquema teria ocorrido entre 2002 e 2014.