O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Após a libertação de Luiz Inácio Lula da Silva azedar o humor do mercado financeiro na sexta-feira (8), analistas tentam entender quais podem ser os efeitos dos discursos do ex-presidente.
Para o economista-chefe da corretora Necton Investimentos, André Perfeito, a saída de Lula da prisão "não deve ter efeitos práticos de curto prazo" na área econômica. No entanto, se o mercado de trabalho não reagir "mais rapidamente" a medidas anunciadas pelo governo Jair Bolsonaro, o ex-presidente poderá ser um "catalisador de descontentamento" da população, diz Perfeito.
"Isso pode se tornar um problema para Bolsonaro, mas ainda não está na mesa do investidor", acrescenta, em nota, o economista.
No sábado (9), em discurso a apoiadores, Lula voltou a criticar a condução da política econômica do atual governo. Ao se referir ao ministro Paulo Guedes, usou expressões como "demolidor de sonhos" e "destruidor de empregos e de empresas públicas brasileiras".