A venda da Caracol para a Florestal Alimentos, de Lajeado, foi um negócio de oportunidade, relata o dono e fundador do restaurante Mamma Mia, Julinho Cavichioni – o nome de batismo é no diminutivo –, que em 2001 havia comprado a operação de chocolates. Com a decisão tomada, segundo o empresário, "com o racional, não com o emocional", parte do valor da venda – não relevado – será reinvestido na expansão da rede de galeto.
O primeiro sinal será a abertura de uma unidade na Avenida Siqueira Campos, no ponto antes ocupado pela Petiskeira. Será, ao mesmo tempo, um restaurante, que começa a funcionar entre dezembro e janeiro, e uma segunda central de telentrega para Porto Alegre, prevista para março.
– Agora, vou preparar a expansão do galeto Mamma Mia, preciso de 101% de foco nisso. Ainda não posso falar muito, mas um dos objetivos, ainda neste ano é chegar ao coração de Porto Alegre. Com a nova central de delivery, vamos atender a toda a Capital, porque hoje só conseguimos entregar em uma parte da cidade, com a central da Avenida Protásio Alves – detalhou Cavichioni.
Entre as operações de restaurante, fast food e delivery, a Mamma Mia tem hoje 15 unidades. O empresário evita mencionar a quantas quer chegar com a expansão. Diz que só vai definir essa meta na "grande festa dos 35 anos", prevista para maio de 2020. Até o final do ano, também passa a produzir 100% do radicci orgânico servido para acompanhar os galetos na área que pertenceu ao avô paterno, em Linha Bonita, Gramado.
– A Caracol foi assediada por dois grandes grupos. Não posso relevar quem foi o outro, mas acabei fechando com a Florestal. Um dos motivos foi a comunicação muito transparente com o Claudir Weiand e seu filho, Maurício. Foi um excelente negócio, para eles e para nós – afirma Cavichioni.
Segundo o empresário, embora tenha sido uma decisão racional, a saída do segmento pesou emocionalmente:
– Entrei em chocolate em 2001 e fiquei até hoje, quando me despedi da equipe, pegando alguns colaboradores de surpresa. Mas deixei minha contribuição. Gramado tinha um produto que era uma joia, mas era entregue em sacolas plásticas, como se fosse algo de menor valor. Fizemos lojas butiques, ajudamos a valorizar a marca Gramado.