E não é que cresceram as possibilidades de Porto Alegre ter uma roda-gigante fixa, nos moldes das mais modernas do mundo? Depois que o prefeito Nelson Marchezan afirmou, no programa Timeline da Rádio Gaúcha, que um equipamento de ao menos 80 metros de altura – equivalente a um prédio de 26 andares – está previsto no trecho 2 da orla do Guaíba, a coluna foi conferir os detalhes de um dos projetos que deve disputar o edital. Prepare seu coração: o preço previsto para os ingressos vai de R$ 70, de segunda a sexta-feira, até R$ 90 no sábado e no domingo, por um passeio de 32 minutos.
Pelo cronograma previsto pela empresa Amuse BR, a construção começaria em janeiro de 2020, para começar a operar em julho de 2021. Achou muito tempo? É que os empreendedores vão usar planejamento brasileiro com tecnologia importada e, conforme descrevem, engenharia de alta complexidade para garantir a segurança das cabines fechadas com capacidade para transportar até 32 pessoas. Eram 24 nas especificações originais, no qual a roda-gigante teria cem metros de altura. A expectativa é de que um milhão de pessoas por ano andem na roda-gigante.
Na análise de mercado que sustenta o projeto, a empresa cita o dado de que, em 2017, as dez maiores empresas do segmento venderam 457 milhões de ingressos para atrações como essa, 8,6% acima do ano anterior. Para evidenciar o potencial nacional, cita que Thermas dos Laranjais, em Olímpia (SP), e o Hot Park Rio Quente, em Rio Quente (GO) aparecerem, respectivamente, em terceiro e sétimo lugar entre os parques aquáticos que mais venderam tíquetes em 2017. A capacidade de ocupação estimada varia de 20%, às segundas-feiras, até 85%, aos domingos.
Para que a roda-gigante "avance sobre a água", como descreveu o prefeito, está prevista sua instalação na minipenínsula sobre o Guaíba, conforme a imagem abaixo.