O projeto de construção de uma roda-gigante "padrão London Eye" na orla do Guaíba, em Porto Alegre, faz parte de uma espécie de tendência em cidades que querem explorar o turismo. O primeiro equipamento no Brasil está em construção no Rio de Janeiro, no Porto Maravilha, área da cidade recuperada para a Olimpíada de 2016. A roda está com 75% da montagem realizada e deve ficar pronta até outubro. A empresa responsável pela construção é a ARC Big Eye Parques Temáticos e de Diversão, formada por um investidor gaúcho, dois cariocas e um holandês. Christian Dunnwald, nascido em Haia, veio para o Sul para implantar um parque de neve em Gramado, há 11 anos, e acabou ficando por aqui.
– Já sou mais brasileiro do que holandês – brinca.
Agora, está se dividindo entre a Serra e o Rio para implantar a Rio Star, que terá 88 metros – será a mais alta da América Latina –, 54 cabines com ar-condicionado para oito pessoas. O preço do ingresso, ainda não oficial, deve ficar por volta de R$ 50. Dunnwald prefere não revelar o valor do investimento. Aceita apenas situá-lo na cada de "dezenas de milhões" de reais. Também prefere não declinar o nome dos outros três sócios, em nome da privacidade e da segurança. Mas avisa que os recursos são próprios, quer dizer, não houve financiamento para a construção.
Como está focado na conclusão do projeto no Rio, Dunnwald diz que o grupo não vai disputar o edital para a implantação de uma roda-gigante de dimensões muito parecidas com as da Rio Star. Mas confirma que Gramado está, sim, entre os próximos locais a serem explorados pela empresa:
– Temos estratégia para implementar várias rodas-gigantes.
Diante da curiosidade da coluna sobre a proliferação desse tipo de projeto, Dunnwald avalia que como destinos turísticos importantes, como Londres e Dubai, implantaram rodas-gigantes que se tornaram ícones para as cidades, cresceu o interesse:
– Ajuda uma cidade a se apresentar para o mundo como destino interessante.