A briga da Claro pela liderança de mercado ganhou nesta quinta-feira (11) um round barulhento: a empresa absorveu os negócios da Net, de serviços residenciais de TV por assinatura, telefonia e banda larga. Depois de um processo de transição, a marca Net vai desaparecer, assim como a cor azul que identifica a empresa. Nada muda para o consumidor de serviços específicos de cada uma das empresas.
Mas a médio prazo todos vão estar sob a marca Claro, presente em 18 países, identificados pela cor vermelha. Imediatamente, a Net vai ganhar o complemento Claro, depois vai se transformar em Claro Residencial, assim como seu serviço de banda larga, hoje chamado de Net Vírtua, passará a se chamar Claro Net Vírtua.
– O que nos motivou e deu segurança a esse movimento foi o fato de que a Claro e a Net vinham fazendo coisas em parceira desde 2011, operando sob o mesmo guarda-chuva. Pesquisas mostraram que 70% dos clientes já entendem que as empresas fazem parte do mesmo grupo – relatou Teixeira à coluna.
As duas empresas pertencem ao grupo mexicano America Movil, do bilionário Carlos Slim. O executivo detalhou, ainda, a necessidade de consolidar uma empresa que ofereça todo serviço de telecomunicações. No mês passado, exemplificou, o tráfego geral de dados no Brasil cresceu 134%.
– Em 2020, deve ocorrer o primeiro leilão da tecnologia 5G, que vai revolucionar o mercado. Isso significa um incremento substancial de capacidade. E no mundo do 5G, o vídeo será dominante. Temos um empresa com uma grande fortaleza, tem 49% do mercado de TV paga do Brasil. Nem a Vivo tem esse tamanho de participação de mercado na telefonia móvel. É uma enorme oportunidade para nós – detalha Teixeira.