Não é só o preço do óleo diesel que voltou a níveis semelhantes aos anteriores à greve dos caminhoneiros, em maio de 2018. No ano passado, durante a paralisação, constatou-se expressiva redução na produção de óleo diesel nas refinarias da Petrobras, entre as quais a Refap, em Canoas.
Os dados específicos do combustível não estão mais disponíveis na Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas é possível perceber, pelos números de processamento de óleo bruto (do qual são feitos diesel e gasolina, entre outros produtos), que houve recuperação notável logo depois da paralisação, seguida de estabilização, para depois voltar a diminuir.
Na Refap, passavam pelas estruturas pouco mais de 500 milhões de litros até maio. O número subiu até passar de 800 milhões, mas voltou a encolher. A Petrobras costuma explicar a baixa utilização das unidades de refino com a ponderação de que pode sair mais barato importar combustíveis do que processá-los. Mas a coincidência é notável.