Marta Sfredo

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Entidades que representam produção de etanol lamentam "retrocesso" com tarifas de reciprocidade

Unica e Bioenergia publicaram nota conjunta em que afirmam que produto do Brasil e dos EUA têm "atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes"

Marta Sfredo

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Daniela Xu / Agencia RBS

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a Bioenergia Brasil, entidades que representam o setor no Brasil, lamentaram que o produto tenha sido citado pelo governo dos Estados Unidos como alvo das tarifas de reciprocidade e dizem esperar que seja evitado esse "retrocesso".

Em nota publicada nesta sexta-feira (13), as entidades ponderam que o presidente americano fala em tratamento igual para produtos equivalentes, mas o etanol de cana-de-açúcar do Brasil e o de milho dos EUA têm "atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes"

Desse ponto de vista, portanto, "não faz sentido falar em reciprocidade". Se a medida se confirmar, avaliam Unica e Bioenergia, "será mais um passo dos EUA rumo ao abandono à rota de combate à mudança do clima".

Diretor-presidente da Unica, Evandro Gussi costuma explicar que o etanol de milho tem mais de 60 gramas de gás carbônico (CO2) por unidade de energia, enquanto o de cana-de-açúcar diminuiu para 20, ou seja, a um terço do produto americano.

A íntegra da nota 

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e a Bioenergia Brasil, principais entidades representativas do setor no Brasil, lamentam que o etanol tenha sido incluído no Memorando de Tarifas Recíprocas, anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, nesta quinta-feira, 13 de fevereiro. O documento determina a realização de estudos para o “Plano Justo e Recíproco”, que prevê a alteração das atuais relações comerciais dos Estados Unidos. A medida pretende colocar no mesmo patamar o etanol produzido no Brasil e nos Estados Unidos, embora possuam atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes, e portanto não faz sentido falar em reciprocidade. Se a medida se confirmar, será mais um passo dos Estados Unidos rumo ao abandono à rota de combate à mudança do clima. Esperamos que os estados americanos e a indústria local, comprometidos com o combate à mudança do clima, trabalhem para impedir esse retrocesso proposto pelo governo.

Leia mais na coluna de Marta Sfredo


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