Ao revisar para baixo as projeções de crescimento em 2019, economistas justificaram com o desempenho anêmico (+0,1%) do quatro trimestre e pouco entusiasmo nos primeiros sinais de 2019. Nesta semana em que são divulgados os três pilares da produção – o comportamento da indústria, do comércio e de serviços –, o quadro é de indicadores mistos.
O que segue em franca alta são os índices de confiança. Apesar do início de governo um tanto tumultuado, ainda é elevada a expectativa de reformas que resultem em retomada de vendas e, portanto, de empregos. Houve só uma leve “piscada” no termômetro do setor de serviços – cujo resultado financeiro do primeiro mês do ano será anunciado nesta sexta-feira (15).
Embora seja cedo para definir o ritmo do ano, o painel de indicadores é muito semelhante ao do início de 2017 e 2018: tem dados positivos, sinais de alerta e pontos vermelhos. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), avalia que o país mergulhou, em janeiro, em “recessão industrial”: recuo de -0,8%, no terceiro mês consecutivo sem recuperação.
O comércio varejista começou 2019 em leve alta de 0,4%, descontada a diferença entre o volume de final de ano e o do primeiro mês seguinte. Consideradas as vendas de veículos e materiais de construção, o resultado foi ainda maior, de alta de 1% ante dezembro. Reduzir ruídos e focar no cumprimento das expectativas será essencial para alinhar os ponteiros.
*Com Anderson Mello