Depois de quatro meses seguidos de alta, o Índice de Confiança de Serviços recuou 1,7 ponto em fevereiro, para 96,5 pontos. Conforme Rodolpho Tobler, economista do FGV IBre, responsável pelo levantamento, o declínio se deve a uma “calibragem das expectativas”, já que o indicador havia avançado 15 pontos desde a eleição.
Outros termômetros do humor e das perspectivas empresariais seguem em alta. O da indústria, divulgado no dia anterior também pelo FGV Ibre, subiu 0,8 ponto em fevereiro. Atingiu 99 pontos, maior nível desde agosto de 2018. Com outra metodologia de cálculo, pesquisado por outra entidade, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio subiu 3,2% em fevereiro e alcançando 124,9 pontos. É o único que está acima da fronteira da satisfação entre os três levantamentos.
Todas as comparações de variação percentual são feitas com o mês anterior. O setor de serviços foi o único que fechou 2018 com indicador negativo de negócios. A indústria e o comércio tiveram aumentos modestos na produção e no faturamento, o que gerou expectativas de um número também tímido, em torno de 1%, para o avanço do PIB de 2018, que será anunciado pelo IBGE nesta quinta-feira (28).
*Com Anderson Mello