Afinal, o que tem em um parque de R$ 15 milhões? A coluna foi dar uma espiada antes que a nova estrutura do BarraShoppingSul fique 100% pronta, mas já deu para dar uma boa ideia, como se vê pelas imagens. A área de diversão deve começar a funcionar em 9 de março e tem capacidade entre 800 e 900 pessoas. Embora seja um investimento privado, do próprio shopping, terá entrada livre para todos, clientes ou não. Com 2,5 mil metros quadrados, dos quais 1,5 mil com piso emborrachado, que atenua o impacto de quedas, está dividido em quatro grandes áreas.
A primeira é o Jardim Sensorial, que tem brinquedos sonoros, paisagismo com aromas – plantas como lavanda e manjericão –, bolhas coloridas de ar, iluminação com fibra óptica e espelhos que distorcem a imagem, para crianças de todas as idades. A segunda é o Vale Mágico, destinada à primeira infância, que tem brinquedos de madeira em formato de pequenos animais, com área de apoio, sanitário e fraldário. Um grande espaço foi dedicado à área de aventura, com brinquedos mais radicais, mais elevados, com escalada e muitas cordas. O quarto recanto inclui um pequeno palco, para intervenções artísticas e espetáculos.
– Quando começamos a desenvolver, estávamos buscando fazer uma área de convivência e desenvolver um parque. Ao começar a estudar as alternativas de brinquedo, havia balanço, gangorra, gira-gira. Queríamos algo que conversasse com o estilo do Barra, que apresentasse um novo conceito de lazer. Aí, no Rio de Janeiro vimos um brinquedo que nos interessou e fomos atrás da empresa responsável, a Oikotie, que nos ajudou a realizar o projeto. Parte eles fazem aqui, parte importam – relata Eduardo Vitagliano, superintendente do BarraShoppingSul.
O pesado investimento do centro de compras em uma área de lazer, explica Vitagliano, decorre da percepção de que, com o comércio online, a relação com os consumidores está mudando. Se a venda pode ocorrer em um clique, é preciso oferecer mais do que locais de oferta de produtos para atrair frequentadores. Outros shoppings de Porto Alegre e o Park Shopping, de Canoas, também têm apostado em espaços abertos para diversão.
– Os espaços dos shoppings vão oferecer cada vez mais a experiência, o espaço de lazer,
para que o convívio transcenda a questão da compra. Por isso estamos fortalecendo espaços de vivência, experiência e gastronomia, que é um projeto no qual vamos fazer um investimento grande – avisa Vitagliano.
Sobre o próximo passo, só adianta que há previsão de integração entre as áreas externa e interna, para aproveitar o "astral" de um shopping que tem o Guaíba na frente.