Ainda em clima eleitoral, depois que duas pesquisas mostraram ampla vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o mercado financeiro teve novo dia de reação positiva. No meio da manhã, o dólar chegou a ser cotado a R$ 3,696, mas em 20 minutos voltou a trafegar acima do piso informal de R$ 3,70. Depois de muito ziguezague entre altas e baixas, fechou em R$ 3,72, com leve baixa de 04% ante o dia anterior.
Reação mais intensa ocorreu na bolsa de valores, que subiu 2,83%, desta vez acompanhando a forte alta (para o padrão local)em Nova York, de 2,17%. Foi um alívio depois de dias de turbulência provocados por preocupação com a necessidade de elevação maior do que a prevista na taxa de juro nos EUA. No entanto, no final do dia o presidente Donald Trump voltou a criar ruído no mercado ao afirmar que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), é sua "maior ameaça".
Apesar de não se descolar da referência, a bolsa evidencia o clima eleitoral que move investidores e especuladores com altas muito acima da média das três estatais que compõem o chamado "kit eleições". As ações da Eletrobras, que enfrentaram forte tombo depois de declarações de Bolsonaro sobre restrições à privatização da área de geração, saltaram 5,113%, as da Petrobras avançaram 3,73% e as do Banco do Brasil subiram 4,37% – todas muito acima das altas do dia anterior. Chamou atenção, ainda, a forte recuperação nas ações da Smiles (8,2%) e da Gol (12,8%), depois do afundamento no valor dos papéis da empresa de milhagem no dia anterior.