Bilhões agridoces
O lucro de R$ 10,1 bilhões da Petrobras animou o mercado e deu alívio à estatal tão fragilizada por crise e corrupção. Mas deixou um sabor amargo o fato de o melhor resultado desde 2011 – um período pré-crise – ter sido obtido no período de abril a junho, justo quando a disparada nos preços dos combustíveis provocou a greve no transporte que gerou prejuízos e desequilíbrio.
O detalhe do trilhão
A empresa fundada por Steve Jobs atingiu valor de mercado (número multiplicado pelo valor das ações) superior a US$ 1 trilhão. Foi a primeira empresa privada e a primeira americana, mas não a primeira do mundo. Em 2007, a PetroChina, maior petrolífera do mundo, havia alcançado a marca. O detalhismo, apontado como defeito de Jobs, está na origem do feito.
Sem buraco, marcha lenta
Depois do tombo de 11% em maio, provocado pela greve nos transportes, a indústria cresceu 13,1% em junho. Foi o suficiente para zerar a perda com o solavanco nas estradas, mas o salto não animou os empresários. O buraco foi preenchido, mas as condições da pista seguem iguais: com muita turbulência, que exige marcha lenta.
Bolso vazio, bolsa em risco
O alerta da Capes, fundação responsável pelo pagamento de bolsas de estudo para universitários e professores do Ensino Básico, de que pode faltar dinheiro a partir de agosto de 2019, espalhou pânico nas universidades e entre pesquisadores e cientistas. Em um país com déficit projetado em R$ 159 bilhões, trata-se de um corte de R$ 580 milhões. Vai fazer uma enorme diferença.