O ataque dos EUA à Síria, com apoio de França e Reino Unido, levantou teses variadas sobre seu real objetivo. Especulou-se sobre motivação econômica, uma vez que armas disparadas têm de ser repostas, o que gera encomendas para uma das maiores indústrias americanas.
A preferida ainda é a manobra diversionista: desviar a atenção para a crise interna da Casa Branca gerada pela conexão russa de Donald Trump. E foi um filme o responsável por popularizar essa suspeita, lembra a coluna nessa lista de obras que olha antes e além das ofensivas.
Mera coincidência (1997)
Há mais de duas décadas, o cenário era o mesmo: um presidente (Bill Clinton) envolvido em escândalo sexual busca gestão de crise para enfrentar a opinião pública. O especialista recomenda fabricar uma guerra na Albânia para desviar a atenção do escândalo. O filme ajudou a popularizar a noção de que guerras, muitas vezes, têm objetivos muito diferentes dos imaginados.
Zona Verde (2010)
Com Matt "Jason Bourne" Damon, pode ser visto apenas como mais um filme de guerra e de ação. Mas tem uma camada extra ao abordar o episódio fake das armas de destruição em massa, de forma ficcional, mas muito baseado nos fatos que levaram à invasão do Iraque e de uma das maiores encrencas bélicas dos EUA.
Falcão Negro em Perigo (2002)
Outro baseado em fiascos reais, narra episódio de 1993, na guerra civil da Somália. Um grupo de elite dos EUA tentar capturar generais contrários aos interesses americanos, mas dois helicópteros Black Hawk (Falcão Negro) são derrubados, gerando uma batalha mais longa e com mais perdas do que o previsto.