Ainda neste ano, o Grupo Lego vai começar a usar uma resina fabricada no Rio Grande do Sul em seus elementos botânicos: árvores e arbustos para compor os cenários de um dos mais populares sistemas de blocos de montar. A matéria-prima é o polietileno verde produzido pela Braskem no polo petroquímico de Triunfo, a partir de etanol de cana-de-açúcar.
A empresa de origem dinamarquesa vai se somar às cerca de 150 marcas que, ao redor do mundo, usam o plástico verde, como o insumo é chamado pela Braskem. São empresas de Europa, Estados Unidos, Ásia, África e América do Sul. A resina é usada para fabricar embalagens de alimentos, produtos de higiene pessoal e até cadeiras e vasos.
Embora não seja biodegradável, o polietileno feito de etano é 100% reciclável. Contribui para redução dos gases causadores do efeito estufa por ser obtido em plantações de cana. O processo de produção começa com a desidratação do etanol, que assim é transformado em eteno verde. Depois segue para as unidades de polimerização, onde é transformado no polietileno. É levado, então, para empresas de terceira geração, onde ganha a forma de produtos ou parte e peças.
Primeiro polietileno de origem renovável com produção em escala industrial no mundo, o plástico verde da Braskem é processado desde 2010 no em Triunfo, onde está localizada a maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do planeta, que produz 200 mil toneladas dessa resina por ano. Nas demais plantas petroquímicas do Estado, a matéria-prima básica é nafta de petróleo.