A assinatura do contrato para realização das obras do aeroporto Salgado Filho foi antecedida por um trabalho de 90 dias de desenvolvimento do projeto pré-construção. A Fraport anunciou nesta quinta-feira (1º) a escolha do consórcio formado por HTB, Tedesco e Barbosa Mello (empresa de Minas Gerais). Confirmou para março o início das obras, que incluem, além da ampliação da pista, expansão do Terminal 1, adequação das vias de taxiamento e melhorias na drenagem, no total de R$ 1,5 bilhão.
O consórcio, que assume a obra na modalidade EPC (engineering, procurement and construction), será responsável por todas as etapas. Havia sido contratado para fazer esse estudo e acabou culminando na contratação para as obras, detalha Pedro Tedesco Silber, presidente da Tedesco, braço gaúcho da HTB (ex-Hochtief). A tarefa foi “adequar o projeto para compatibilizá-lo com valores preestabelecidos”, diz.
Convidado a explicar, traduziu:
– O grande desafio foi moldar o pé para que coubesse dentro do sapato.
Ou seja, a Fraport tinha um projeto básico e um valor definido de investimento que tinham de ser combinados. Nada usual do Brasil, esse processo é uma das expertises da matriz da HTB da Alemanha, detalha:
– Essa engenharia de valor está consolidada na Alemanha há anos.
Tedesco confirma que o terreno sobre o qual será construída a pista tem “grande complexidade geotécnica”. Vai exigir, portanto, intenso trabalho de drenagem. Outro desafio é a janela de tempo de trabalho restrita, porque o aeroporto continuará operando normalmente durante as obras. Na pista, são previstas cerca de cinco horas diárias de trabalho. Como epecista, o consórcio pretende contratar “o maior número possível de parceiros e fornecedores locais”. Até agora, destaca, todo cronograma foi cumprido com rigor.