Se em 2017 o mercado de fusões e aquisições foi movimentado pela venda de ativos de companhias em crise financeira ou de imagem, em 2018 pode ser marcado pela aposta na recuperação econômica do Brasil. Segundo dados apresentados pelo escritório TozziniFreire Advogados, houve um crescimento de 52,6% para 62,1% no número de empresas que pretendem participar desse tipo de negociação, sendo que para 40% delas o objetivo é expandir a atuação.
Apesar de no ano passado o investimento estrangeiro ter ficado aquém do desempenho de 2016 – o volume recuou 2%, com uma diferença de quatro negócios fechados –, em segundo lugar na lista de fatores apontados pelos empresários como os que devem impulsionar as transações está a recuperação da atratividade no mercado internacional.
Mesmo a expansão e o somatório de forças sendo prioritário para as empresas brasileiras, como aponta a pesquisa, a preocupação com o impacto da atuação do Cade no controle de cartéis é difusa: 30% consideram relevante e 23% irrelevante. Por outro lado, o compliance aparece no levantamento como prioridade entre as empresas, até mais valorizado do que as fusões e aquisições – 49% contra 31%. A grande maioria (88%) entende que o retorno proporcionado pelas práticas de governança supera o investimento.