Um ano depois de vender o controle da PMweb para a Wunderman, subsidiária do gigante WPP, os sócios gaúchos provam que o foco mudou para global, mas as oportunidades seguem locais. Tárik Potthoff e Augusto Rocha, com mais cinco parceiros, estão duplicando a operação em Porto Alegre e triplicando – porque lá é menor – em São Paulo.
Na Capital, passam a ocupar o equivalente a um andar inteiro no Platinum Tower, edifício corporativo na Carlos Gomes. Além da área no 14º andar, vão para um espaço ainda maior no 16º – o projeto de escorregador para interligar as áreas ainda não está descartado. A Pmweb fecha o ano com crescimento de 23% no faturamento em relação a 2016 – mais do que o dobro do previsto –, e 40 vagas abertas para contratação imediata. Além disso, em 2018 vai abrir uma centena de postos de trabalho, sendo um terço no Estado.
– Acreditamos no RS, aqui tem muito talento. Tomamos a decisão de ficar aqui – detalha Augusto.
Tárik relata que a empresa vai faturar R$ 45 milhões neste ano, nove vezes o que tinha em 2012, quando começou sua exposição internacional. No final de 2016, a Wunderman comprou 70% da Pmweb. Como a Oracle ainda tem 5%, os sete sócios mantêm 25%. Como o negócio da Pmweb é novo, não há curso específico.
O foco é cruzar dados digitais para apoiar decisões de marketing, com objetivo de dar mais resultado e não ter “vendas caras”, como define Tárik. Traduzindo: não pagar fortunas apenas a Google e Facebook. Em outubro, a Pmweb começou a atuar em Buenos Aires, com base na Wunderman na capital argentina (foto). A partir da estrutura no Brasil, a ideia é buscar mercado ainda no Uruguai e no Chile, e abrir portas em Peru, Colômbia e México.