Fonte: Blockchain Luxembourg e Coindesk
Em alta desde o início do ano devido a decisões regulatórias no Japão e na Suíça, a cotação do bitcoin entrou em órbita nesta quarta-feira. Uma unidade da moeda digital criptografada chegou a valer US$ 11,3 mil no mercado às 18h. No Brasil, foi vendida a até R$ 62 mil. É disparado o maior valor da história – um período curto, é verdade, já que a criptomoeda tem apenas oito anos. Em 2017, a alta acumulada é de 900%.
O combustível foi a especulação de que a Nasdaq vai lançar contratos futuros (liquidação definida para uma data posterior) de bitcoin, seguindo os passos da Chicago Mercantile Exchange (CME, ou bolsa de Chicago), que vai adotar a liquidação até o fim do ano. Para o economista-chefe de criptomoedas da XP Investimentos, o gaúcho Fernando Ulrich, o movimento mostra que o mercado tradicional acordou para o novo ativo. Mas não descarta uma bolha especulativa:
– O aumento de confiança das pessoas na criptomoeda, por não poder ser falsificada ou inflacionada, é palpável. Mas, ao mesmo tempo, há excesso. Uma correção é possível porque a alta foi muito expressiva neste ano, o que não significa que é uma bolha que vai estourar e desaparecer.
Fernando alerta aos interessados em adquirir bitcoins que o momento é de cautela:
– Quem quer investir tem de entender como funciona, usar uma carteira com segurança e fazer backup das suas senhas. O risco de perder dinheiro com bitcoin talvez seja maior pelo mau uso do que pela oscilação do preço.