Projeto bilionário, essencial para reforçar o sistema elétrico do Estado e que abre as portas para novos investimentos em geração no Rio Grande do Sul, a construção de 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão que era responsabilidade da Eletrosul e estava atrasada terá capítulo final na próxima sexta-feira. Em cerimônia no Palácio Piratini, a estatal oficializa o repasse do controle do empreendimento à chinesa Shanghai Eletric Power. O custo da empreitada é de R$ 3,9 bilhões, em valores atualizados.
A novela começou em 2014, quando a Eletrosul arrematou o chamado Lote A de obras de transmissão em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica. Sem dinheiro para tocar sozinha, no ano seguinte fez chamada pública para encontrar parceiro.
O acordo com a companhia chinesa foi alinhavado em junho, mas faltava a bênção da agência reguladora, que saiu no final de outubro. A Eletrosul vai seguir na Sociedade de Propósito Específico (SPE) a ser constituída, mas como minoritária.
Além das linhas de transmissão, novas subestações serão construídas e, outras, ampliadas. As obras se espalharão por várias regiões do Estado, como Região Metropolitana, Litoral e Fronteira. O prazo de conclusão é de 48 meses. A cerimônia servirá para dar solenidade a um investimento pesado e importante estrategicamente para o Estado.
- Do ponto de vista da segurança energética, dá confiabilidade ao nosso sistema em momentos de grande carga. Também é importante para outros empreendimentos, como parques eólicos, escoarem a energia - diz o secretário estadual de Minas e Energia, Artur Lemos.