Tem glicerina demais por conta da produção de biodiesel? Uma empresa gaúcha viu uma solução no meio do problema. A Fontana, indústria de produtos de higiene e limpeza de Encantado, investe R$ 12 milhões – dos quais R$ 8,5 milhões financiados pelo BRDE – no desenvolvimento de um substituto para um insumo que hoje é totalmente importado.
Com apoio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP) e auxílio técnico da MPHB, a indústria gaúcha vai aproveitar o excedente de glicerina existente no Estado, grande produtor de biodiesel a partir de soja.
Estima-se que, a cada 10 litros do combustível sejam obtidos no processo 1 litro do subproduto – conhecida como "glicerina loira de biodiesel". A Fontana vai usar essa matéria-prima de fonte renovável, que causa inquietação sobre destinação correta, para produção de plásticos, filtros de cigarro, cosméticos, lubrificantes, fármacos, tintas, entre outros.
Fundada em 1934 como fábrica de sabão, a Fontana hoje produz de detergente a amaciante. Tem outras sete marcas, entre as quais Anafont e Sensus.